Amor é privilégio de maduros estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa, roçando, em cada poro, o céu do corpo.
É isto, amor: o ganho não previsto, o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado, que, decifrado,
nada mais existe valendo a pena e o preço do terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio minúsculo, vibrando no crepúsculo.
Amor é o que se aprende no limite, depois de se arquivar toda a ciência herdada, ouvida.
Amor começa tarde.
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