Sunday, July 29, 2012

Clarice Lispector


“Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. 
Agora eu sei: sou só. 
Eu e minha liberdade que não sei usar. 
Grande responsabilidade da solidão. 
Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. 
Quanto a mim, assumo a minha solidão. 
Que às vezes se extasia como diante de fogos de artifício. 
Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor. 
E a dor, silêncio. Guardo o seu nome em segredo. 
Preciso de segredos para viver.”

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Clarice Lispector


“Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. 
Agora eu sei: sou só. 
Eu e minha liberdade que não sei usar. 
Grande responsabilidade da solidão. 
Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. 
Quanto a mim, assumo a minha solidão. 
Que às vezes se extasia como diante de fogos de artifício. 
Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor. 
E a dor, silêncio. Guardo o seu nome em segredo. 
Preciso de segredos para viver.”

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