Tuesday, May 15, 2012

Amizade - Oscar Wilde



“Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. 
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. 
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. 
Deles não quero resposta, quero meu avesso. 
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. 
Para isso, só sendo louco. 
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. 
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. 
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. 
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. 
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. 
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,
 mas lutam para que a fantasia não desapareça. 
Não quero amigos adultos nem chatos. 
Quero-os metade infância e outra metade velhice. 
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, 
para que nunca tenham pressa. 
Tenho amigos para saber quem eu sou.
 Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, 
nunca me esquecerei de que "normalidade" 
é uma ilusão imbecil e estéril”.

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Tuesday, May 15, 2012

Amizade - Oscar Wilde



“Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. 
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. 
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. 
Deles não quero resposta, quero meu avesso. 
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. 
Para isso, só sendo louco. 
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. 
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. 
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. 
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. 
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. 
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,
 mas lutam para que a fantasia não desapareça. 
Não quero amigos adultos nem chatos. 
Quero-os metade infância e outra metade velhice. 
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, 
para que nunca tenham pressa. 
Tenho amigos para saber quem eu sou.
 Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, 
nunca me esquecerei de que "normalidade" 
é uma ilusão imbecil e estéril”.

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