Thursday, June 9, 2011

Saudades da ditadura

  Na época da 'chamada' ditadura..

Podíamos acelerar nossos Mavericks pelas auto-estrada acima dos 120km/h sem nenhum risco e e não éramos multados por radares maliciosamente escondidos,

mas não podíamos falar mal do presidente.
 

Podíamos comprar armas e munições à vontade, pois o governo sabia quem era cidadão de bem, quem era bandido e quem era terrorista,

mas não podíamos falar mal do Presidente.

Podíamos paquerar a funcionária, a menina das contas a pagar ou a recepcionista sem correr o risco de sermos processados por “assédio sexual”,

mas não podíamos falar mal do Presidente.

Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei! negão!), credos (esse crente aí!) ou preferências sexuais (fala! sua bicha!) e não éramos processados por “discriminação” por isso,

mas não podíamos falar mal do presidente.

Podíamos tomar nossa redentora cerveja no fim do expediente do trabalho para relaxar e dirigir o carro para casa, sem o risco de sermos jogados à vala da delinqüência, sendo preso por  estar “alcoolizado”,

mas não podíamos falar mal do Presidente.

Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que isso constituísse crime ambiental,

mas não podíamos falar mal do presidente.
 
 
Podíamos ir a qualquer bar ou boite, em qualquer bairro da cidade, de carro, de ônibus, de bicicleta ou a pé, sem nenhum medo de sermos assaltados, sequestrados ou assassinados,

mas não podíamos falar mal do presidente.
 
Hoje a única coisa que podemos fazer.é
 
......falar mal do presidente!
 
Que merda!
 

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Saudades da ditadura

  Na época da 'chamada' ditadura..

Podíamos acelerar nossos Mavericks pelas auto-estrada acima dos 120km/h sem nenhum risco e e não éramos multados por radares maliciosamente escondidos,

mas não podíamos falar mal do presidente.
 

Podíamos comprar armas e munições à vontade, pois o governo sabia quem era cidadão de bem, quem era bandido e quem era terrorista,

mas não podíamos falar mal do Presidente.

Podíamos paquerar a funcionária, a menina das contas a pagar ou a recepcionista sem correr o risco de sermos processados por “assédio sexual”,

mas não podíamos falar mal do Presidente.

Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei! negão!), credos (esse crente aí!) ou preferências sexuais (fala! sua bicha!) e não éramos processados por “discriminação” por isso,

mas não podíamos falar mal do presidente.

Podíamos tomar nossa redentora cerveja no fim do expediente do trabalho para relaxar e dirigir o carro para casa, sem o risco de sermos jogados à vala da delinqüência, sendo preso por  estar “alcoolizado”,

mas não podíamos falar mal do Presidente.

Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que isso constituísse crime ambiental,

mas não podíamos falar mal do presidente.
 
 
Podíamos ir a qualquer bar ou boite, em qualquer bairro da cidade, de carro, de ônibus, de bicicleta ou a pé, sem nenhum medo de sermos assaltados, sequestrados ou assassinados,

mas não podíamos falar mal do presidente.
 
Hoje a única coisa que podemos fazer.é
 
......falar mal do presidente!
 
Que merda!
 

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